segunda-feira, 13 de agosto de 2012

4 - J. parte 2

(continuação da postagem nº 2)

...por mais estranho que pareça, a minha resposta fora bastante clara e talvez inesperada pela sua parte. Disse-lhe que não estava interessado no seu dinheiro, mas sim apenas em estar com ele para ambos usufruirmos de um momento de prazer. Não queria que o dinheiro me tornasse escravo das suas vontades e dos seus caprichos. Disse-lho. Insistiu que o dinheiro em nada condicionasse a natureza dos nossos encontros, pois que para isso, recorreria a um a profissional do sexo - algo que ele não queria.
Deixei-me levar pela forma bastante convincente como expunha os seus argumentos e, não vou mentir, o dinheiro faz-me falta. Aceitei, mas perante algumas condições. O dinheiro não será o motivo para exercer qualquer tipo de pressão, exigência ou domínio por parte dele. Deverá haver um respeito mútuo pela liberdade um do outro. E por último, no nosso primeiro encontro não haveria qualquer questão monetária envolvida.
Aceitou as minhas imposições e depois de alguma conversa combinamos um dia com a finalidade de conhecer-nos. Assim foi. O nervosismo habitual que pautou o inicio do nosso encontro deu lugar a uma conversa agradável mas não muito longa. Notei que ele não quisera entrar em jogos de sedução. Protestou o calor que se fizera sentir no centro comercial para pôr fim à conversa. À saída deixou à minha escolha a possibilidade rever-nos ou não. Convidei-o até a minha casa. 
Não vou mentir, se ele não estava para jogos de sedução, eu fiz o meu possível para que ele desfrutara daquele momento e não foi com servir-lhe bolinhos e espumante se é que me faço entender...
O sexo tem essa capacidade. Unir dois corpos. Torná-los num único, saboreando cada poro que cobre os nossos sentidos... pronto já está. Esto é para a parte "metaforico-teorico-explicativa", ou seja a parte chata que eu deixo para os poetas ou escritores narrarem, fazem-no melhor do que eu (até porque utilizam metáforas bem mais interessantes que a panela e o seu respectivo testo, não é Sad?). A (outra) verdade é que fiquei com uma dor. A dor de ter sido enrabado. A cada vai e (sobretudo) vem sentia a dor de um falo que me penetrava cada vez mais fundo, ao qual eu respondia com gemido de dor mas simultaneamente de prazer. 
Foi bom e compreendi pelas suas palavras que ele gostara ainda mais. Planeou já a próxima oportunidade para estarmos juntos. Se foi bom para mim? Foi melhor do aquilo que eu estava à espera, tenho de reconhecer.
  

3 comentários:

  1. ... fiquei uns minutos a tentar encontrar as melhores palavras que poderia escrever. :)

    Não seria capaz de me entregar por dinheiro, mesmo com a insistência da outra parte. Sentir-me-ia mal. Compreenderia que até poderia tratar-se de uma fantasia, mas não conseguiria estar com alguém sabendo que existiria dinheiro em jogo. Contudo, se também se tratava de uma fantasia tua, enfim, entre duas pessoas, com os limites da nossa consciência e vontade, tudo é permitido. :)

    Se o sexo foi bom para ambos e se estão satisfeitos, isso é que importa. ^^

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  2. A metáfora da panela é do povo :)
    E como disse o Mark, o que importa é se ambos gostaram.

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