sexta-feira, 10 de agosto de 2012

2 - J.

Conheci o J. numa célebre rede social que promovem encontros entre homens. Foi ele que me acostou e que, digamos, com uma abordagem não muito frequente (pelo menos nunca me acontecera algo semelhante) enviou-me uma mensagem. Perguntou-me se eu queria sexo em troca de uns euros ("eu pago, naturalmente..."). Confesso que naquele momento não sabia o que fazer e várias coisas vieram-me à cabeça.
    1 - Está desesperado por uma queca;
    2 - Deve ser feio que nem um burro;
    3 - Encontrei o euromilhões.

Pensei eu:

 Estava divido entre a repulsa e a curiosidade de vender o meu corpo por uma noite. Sempre tive essa fantasia em colocar-me na pele de um, sejamos directos, prostituto. Contudo Deus benzeu-me com o sentido de precaução que tento aplicar no meu dia-a-dia.
Aceitei trocar o meu endereço de email para conversarmos e coincidi com um cavalheiro bastante claro com as suas intenções: conhecer um indivíduo afim de usufruir de momentos de prazer em troca de uma lembrança. Apesar da tentadora proposta, não aceitei nem recusei. Fiquei-me pela reflexão da mesma. Passaram-se semanas, até que ele me abordara novamente. Perguntou-me se eu já tinha pensado no assunto. Na realidade, não, contudo resolvi terminar com o etéreo suspense e respondi-lhe...

(amanhã há mais)

E agora vocês pensam:


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