(continuação da postagem nº 2)
...por mais estranho que pareça, a minha resposta fora bastante clara e talvez inesperada pela sua parte. Disse-lhe que não estava interessado no seu dinheiro, mas sim apenas em estar com ele para ambos usufruirmos de um momento de prazer. Não queria que o dinheiro me tornasse escravo das suas vontades e dos seus caprichos. Disse-lho. Insistiu que o dinheiro em nada condicionasse a natureza dos nossos encontros, pois que para isso, recorreria a um a profissional do sexo - algo que ele não queria.
Deixei-me levar pela forma bastante convincente como expunha os seus argumentos e, não vou mentir, o dinheiro faz-me falta. Aceitei, mas perante algumas condições. O dinheiro não será o motivo para exercer qualquer tipo de pressão, exigência ou domínio por parte dele. Deverá haver um respeito mútuo pela liberdade um do outro. E por último, no nosso primeiro encontro não haveria qualquer questão monetária envolvida.
Aceitou as minhas imposições e depois de alguma conversa combinamos um dia com a finalidade de conhecer-nos. Assim foi. O nervosismo habitual que pautou o inicio do nosso encontro deu lugar a uma conversa agradável mas não muito longa. Notei que ele não quisera entrar em jogos de sedução. Protestou o calor que se fizera sentir no centro comercial para pôr fim à conversa. À saída deixou à minha escolha a possibilidade rever-nos ou não. Convidei-o até a minha casa.
Não vou mentir, se ele não estava para jogos de sedução, eu fiz o meu possível para que ele desfrutara daquele momento e não foi com servir-lhe bolinhos e espumante se é que me faço entender...
O sexo tem essa capacidade. Unir dois corpos. Torná-los num único, saboreando cada poro que cobre os nossos sentidos... pronto já está. Esto é para a parte "metaforico-teorico-explicativa", ou seja a parte chata que eu deixo para os poetas ou escritores narrarem, fazem-no melhor do que eu (até porque utilizam metáforas bem mais interessantes que a panela e o seu respectivo testo, não é Sad?). A (outra) verdade é que fiquei com uma dor. A dor de ter sido enrabado. A cada vai e (sobretudo) vem sentia a dor de um falo que me penetrava cada vez mais fundo, ao qual eu respondia com gemido de dor mas simultaneamente de prazer.
Foi bom e compreendi pelas suas palavras que ele gostara ainda mais. Planeou já a próxima oportunidade para estarmos juntos. Se foi bom para mim? Foi melhor do aquilo que eu estava à espera, tenho de reconhecer.